quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Professor sem preparo trava uso de computador em escola .

A implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do país até o fim de 2010, prometida pelo governo Lula, esbarra no despreparo dos professores para usar o computador e na falta de manutenção dos equipamentos e das instalações, responsabilidade de Estados e municípios.
É o caso de Almenara (MG), onde os 15 computadores da escola estadual Angelina Nascimento são usados apenas por cerca de 15 horas ao mês. Motivo: os professores temem quebrar as máquinas.
Desde 1997, o ProInfo (programa de informatização das escolas, do Ministério da Educação) já investiu R$ 726 milhões. Os gastos crescem anualmente. Só no ano passado, eles chegaram a R$ 317 milhões (1% do orçamento do MEC).
O percentual de escolas públicas com laboratório de informática também cresceu. De 1999 a 2006, passou de 46% para 63% no ensino médio e de 8% para 19% no fundamental.
A falta de qualificação dos professores, porém, coloca em risco o investimento feito, diz Flávio de Araújo Barbosa, presidente para a Região Nordeste da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
Em São Gonçalo do Amarante (CE), onde Barbosa é secretário de Educação, só 3 dos 479 professores da rede municipal receberam treinamento. Segundo ele, a situação é mais grave no Norte e no Nordeste.
Por duas semanas, a Folha entrevistou diretores de escolas em nove Estados para avaliar a utilização dos laboratórios. A maioria das escolas relata subutilização de equipamentos, seja por falta de conhecimento técnico do professor para orientar alunos, seja porque as máquinas estão danificadas ou são insuficientes. Até professores com pós-graduação se dizem despreparados para usar a informática no ensino.
Grande parte dos professores não tem computador em casa, o que os distancia ainda mais da tecnologia. Essa pouca familiaridade com o computador é relatada por Maria Aparecida Silvestre, diretora da escola estadual Maria Socorro Aragão, de Monteiro (PB).
Sua escola recebeu do governo federal um laboratório com 20 computadores no ano passado, mas eles estão sem uso porque não chegou a antena para a conexão à internet.
"Várias escolas têm computadores novinhos e praticamente sem uso porque os professores não sabem usá-los como ferramentas de ensino. Sou professora, com pós-graduação em língua portuguesa, e enfrento essa dificuldade. O pouco que sei, aprendi de curiosa, de ficar mexendo na internet", diz Dilma Santos, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação da região de Almenara (MG).
A segunda causa da baixa utilização é a falta de manutenção das máquinas ou de adaptação dos imóveis para abrigar os equipamentos. Até escolas feitas para servirem de modelo sofrem com o problema.
Em Irecê, no sertão baiano, o Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, com 1.400 alunos, recebeu 21 computadores em 1999. A diretora, Gilma Flávia, afirma que os professores fizeram capacitação, mas isso pouco adiantou porque "os computadores viraram dinossauros". O laboratório está fechado desde o final do ano passado.
Em Dias D'Avila, município a 50 km de Salvador, o laboratório da escola estadual Edilson Souto Freire está fechado porque a rede elétrica não suportaria o uso. "De 2007 para cá, não fez diferença ter ou não o laboratório, porque ele fica permanentemente fechado", afirma o vice-diretor Dênis Barros.
A manutenção é falha também nas regiões ricas, como em Valinhos (SP), onde os 15 computadores da escola municipal Franco Montoro --doados por uma multinacional-- estão quebrados. O secretário de Educação, Zeno Ruedel, admite que a manutenção não chega com a velocidade necessária, e que os cursos para capacitação dos professores existem "em grau muito pequeno".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u554357.shtml

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Motivação

Não há aprendizagem sem motivação.

Você concorda com essa afirmação?

O que faz um aluno desistir da escola? Porque numa faculdade a distância como a nossa, muitos ficam no caminho? As barreiras são imensas e a metodologia não mudou, mesmo diante dos avanços tecnológicos. Continuar motivado, e manter um nível bom nas notas e no entanto um desafio árduo. No ínicio como diz o ditado: "tudo são flores". A alegria da aprovação no vestibular nos motiva tanto que nem enxergamos os problemas, e as primeiras dificuldades são vencidas com tranquilidade, porque acreditamos ser normal.

ATENÇÃO ESTOU AGUARDANDO COMENTÁRIO!!!!
Você continua motivado neste curso?
Deixe aqui um comentário e, apresente sugestões possíveis para que possamos nos motivar.

Acalme-se

Em periodo de AD manter-se calmo é tarefa difícil pra não dizer impossível.
Então entre uma AD e outra vamos rir um pouco. É a melhor alternativa.
Acesse: http://bacaninha.uol.com.br/v1/recebe.php?id=1494&a=1

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Inclusão digital é desafio para o País, revela estudo


Brasília - As escolas públicas brasileiras precisam de políticas de informatização fortes para reduzir a exclusão e criar uma cultura digital entre os estudantes.

A constatação é do estudo Lápis, Borracha e Teclado - Tecnologia da Informação na Educação - Brasil e América Latina, divulgado pela (Ritla) Rede de Informação Tecnológica Latino Americana, em parceria com o Ministério da Educação e o Instituto Sangari.

O estudo se baseou em informações sobre a situação das (TIC)Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil, na América Latina e no mundo, para saber as diferenças entre as pessoas que têm e as que não têm acesso à informática e à internet, especialmente na educação.

De acordo com o levantamento, dos 162 países pesquisados, o Brasil aparece em 49º lugar, com 16 computadores para cada 100 habitantes - a Suíça está em primeiro lugar, com 86 para cada grupo de 100. Entre os países da América Latina, a Costa Rica aparece à frente do Brasil, em 33º lugar, com 23 computadores para cada 100 habitantes.

Para o coordenador da pesquisa, Júlio Jacobo, o governo precisa promover o acesso das pessoas que têm menos recursos aos centros públicos gratuitos de informática. Ele ressalta que a criação desses centros deve fazer parte de uma política social pública.

"O governo sabe fazer isso. Sabe porque já demonstrou, quando colocou uma política de bolsa escola dirigida para setores que não tinham recursos; colocou políticas de bolsa família a setores que não tinham recursos; por que não pode colocar uma política de informática a setores que não têm acesso a informática?", afirmou Jacobo.

O secretário de Educação a Distância, do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielshowsky, disse que a expectativa é de que, até 2010, todas as escolas públicas tenham computadores conectados à rede mundial.

"O governo tem feito um esforço, e por conta disso nós já temos todas as escolas de ensino médio com laboratórios de informática. Até 2010, nós teremos, não só as escolas de ensino médio, mas todas as 132 mil escolas públicas brasileiras com laboratórios de informática conectados em rede".

De acordo com o secretário, este ano, serão entregues 13 mil laboratórios e, até o próximo ano, mais 29 mil laboratórios serão instalados em escolas de ensino fundamental.

O estudo também aponta estratégias para diminuir as diferenças, como o desenvolvimento e a consolidação da infra-estrutura de acesso; o desenvolvimento do domínio das habilidades básicas para o uso do computador pela população e o oferecimento de conteúdos úteis, de interesse da população e apropriados para as novas tecnologias.

Laura Tresca-Agência Brasil
Sexta-feira - 25/01/2008 - 03h01